sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Perguntas frequentes e Dicas para seu instrumento!

1) Qual a diferença entre o cavaco e o banjo?
O banjo, em sua forma original de tocar, exige uma maneira própria em função de sua afinação e sonoridade serem apropriadas à música americana (jazz, country, etc...)

Ao ser introduzido no pagode, o banjo passou a ter a mesma afinação do cavaquinho(RÉ, SI, SOL e RÉ ), fazendo com que sua forma de tocar ficasse igual a dele. A única diferença entre eles passa a ser a forma de palhetar.

2) Que tipo de cavaco deve ser usado por um iniciante?
O iniciante é aconselhado a comprar um cavaco barato mesmo (Tonante). Depois que seu aprendizado progredir, ele deve comprar outro de melhor qualidade.
Dependendo da condição financeira do iniciante, a compra de um bom cavaquinho, torna o aprendizado mais produtivo. Aconselho o Rozzini.

3) Qual a melhor forma de eletrificar o cavaquinho?
O sistema mais prático é o captador de cavalete e o captador magnético.
O captador de cavalete consiste num filete magnético provido de um mecanismo em seu interior. Este filete é colocado no local onde fica o rastilho (peça feita em osso, próxima ao cavalete, por onde passam as cordas). E o captador magnético é uma peça retangular que se coloca na boca do cavaco, sob as cordas.

4)Em quanto tempo um iniciante alcança um estágio satisfatório?
A rapidez do aprendizado é variável de uma pessoa para outra por vários fatores: musicalidade nata, coordenação motora (habilidade manual), disponibilidade de tempo para o treinamento e um bom orientador. Tudo isso, somado a uma grande força de vontade, pode fazer com que o iniciante alcance um bom estágio num período de 3 a 6 meses, Agora, o segredo é um só: Estudar, estudar, estudar....

5) Qual a diferença entre as afinações RÉ-SI-SOL-RÉ e RÉ-SI-SOL-MI?A primeira, é a afinação tradicional do cavaquinho, sendo utilizada pela grande maioria. A segunda é muito utilizada por aqueles que, tendo aprendido primeiro a tocar violão, não querem ter o trabalho de aprender um novo repertório de acordes num instrumento com afinação diferente. Tocar nesta afinação é o mesmo que tocar violão sem as duas cordas mais graves, mas ela possibilita aos solistas um maior alcance nas notas mais agudas.

6) Qual a importância da dissonância?
A relação acorde-melodia se dá em função da criação das melodias a partir de escalas dos acordes que são utilizados. Nestes casos, quando um trecho da melodia for criada a partir da escala E7/9+, este acorde é o que harmonizará com precisão aquele trecho. Podemos, neste caso, fazê-lo com E7, mas ficará uma harmonização "pobre".

7) Em qual região das cordas é mais correto palhetar?
Ao se executar o acompanhamento de um pagode ou choro, a localização das palhetadas fica ao gosto de quem está tocando, lembrando que a regra geral é palhetar sobre a boca do cavaquinho. A mudança para outras regiões deve se dar para incrementar a interpretação em algumas passagens.

8) Qual a postura que devo adotar na hora de pegar no cavaquinho?
Quando sentado se deve apoiar a caixa na perna (sempre com corpo reto), posicionado o cavaco na diagonal ou um pouco levantado apenas, não o deixando reto, como no violão. A parte do ante-braço interna se coloca no final da caixa acústica, fazendo uma leve pressão para dentro, de forma que segure o instrumento. Quando se está em pé faz-se um pouco mais de força, mas mesmo assim o instrumento vai caindo conforme vai executando a música, é normal. Para ter mais precisão nas palhetadas e a mão não ficar soltar, posicione o dedinho mais próxima do tampo do instrumento. Eu particularmente até encosto o dedinho na madeira, me serve de apoio principalmente para fazer os solos.

9) Qual cordas devo comprar? Tem diferença nas marcas?
A escolha do tipo de corda a ser usada vai depender do gênero musical e até mesmo do tipo físico e personalidade de cada um. No caso do cavaquinho, infelizmente, não temos muitas opções. As cordas não vem com especificações na embalagem e, não raramente, algumas ( principalmente a terceira, sol ) já no momento em que as colocamos não aguentam a tração e arrebentam. Muitas delas também perdem a sonoridade em pouquíssimo tempo de uso. Algumas marcas legais e baratas são São Gonçalo es Rouxinoll. A diferença nas marcas vai do tempo que as cordas agüentam e também a sonoridade. Marcas mais caras costumam ter um som muito mais limpo e duradouro, perfeito para gravações.
Uma boa opção é utilizarmos cordas de violão (as quatro primeiras). Algumas delas são de espessura ligeiramente maior do que as cordas fabricadas especificamente para cavaquinho e dão um som mais encorpado. Há uma boa particularidade nisso tudo: Se você enrolar o que sobra da corda direitinho, estará ganhando uma boa vantagem nessa corda, pois isto facilita também a troca de corda durante um show ( ou mesmo uma festa pagode, etc). Basta você jogar fora o pedaço usado (e quebrado), desenrolar a outra ponta (porém mantendo a corda no eixo da cravelha), passá-la pelo cavalete, reafinálo e começar a tocar. Você vai sentir a diferença. Há também a opção(pouco usada) de se usar cordas de guitarra mas nem todas são fabricadas com a finalidade de se obter som acústico e, por isso, nem sempre dão bons resultados.
Algumas dicas

PALHETADAS

As dicas dos pagodeiros é de que se utilize palhetas de número 70 para execução de solos. Os números inferiores são recomendadas para acompanhamento, pois quanto menor o número mais flexibilidade e menor esforço sobre as cordas, possibilitando, dessa maneira, mais vida útil as suas cordas. Lembre-se: Que você só terá um som de qualidade em seu cavaquinho, se mantiver as cordas limpas e bem cuidadas. Você que deseja melhorar sua palhetada preste atenção nesta dica que muitos pagodeiros passaram pra mim: Enrrole uma toalha no braço do cavaquinho, de forma que as cordas fiquem bem duras. A partir daí, com uma palheta bem dura, acompanhe músicas (sambas enredos...à..sambas lentos) simulando as batidas, nas cordas tracionadas. Depois de 30 min, retire a toalha, e note a diferença. Vale lembrar que para você ganhar agilidade nos solos tente trabalhar de uma em uma corda, começando do 1º traste subindo cromaticamente e voltando a ultima e penúltima nota,com isso ganhará agilidade com o dedo mindinho. Lembre-se também que ao se executar o acompanhamento de um pagode ou choro, a localização das palhetadas fica ao gosto de quem está tocando, sendo que a regra geral é palhetar sobre a boca do cavaquinho. A mudança para outras regiões deve se dar para incrementar a interpretação em algumas passagens.

CUIDADOS COM SEU CAVACO

Aqui vão algumas dicas, para que você tenha um instrumento sempre com um belo som, aumentando o tempo de vida do instrumento, pois um instrumento bem cuidado, vai com o tempo, ficando com um som mais notável e claro.

1º - Nunca deixe seu cavaco em locais de temperatura elevada, ele pode empenar e daí perder toda a qualidade do som, e qualidade de um instrumento e fundamental para se tirar um som legal.

2º - Não deixe seu cavaco por muito tempo afinado, tente depois de tocar, afrouxar as cordas, para que ele não force muito o cavalete e consequentemente, não perder a qualidade do seu som.

3º - Após usar seu cavaco, limpe-o com um pano seco para tirar todo suor que fica, esse suor faz com que as ferragens oxidem mais rápido, assim como as cordas também, pois cordas oxidadas se quebram mais rápido.

4º - Não deixe seu cavaco por muito tempo apoiado com a parte das cordas para fora, ficando assim ele pode empenar. Sempre o deixe de pé, ou deitado, nunca apoiado.

5º - Lembre que qualidade custa caro, mas se você está começando agora, não precisa comprar um cavaco muito caro tipo um DU SOUTO, ALGUM LUTHIER CONHECIDO, DEL VECCHIO ou ROZZINI. Um GIANINNI Série Estudo ou até mesmo um TONANTE, que é uma marca que está cada vez melhor em qualidade e acabamento, são os mais baratos, podendo com eles tirar um som legal.

6º - Não deixe de usar um "CASE" para seu cavaco ou uma capa muito bem acolchoada, isso fará, com certeza, a diferença no som, pois seu cavaco não sofrerá nenhum dano com baques ou quedas, também evitará que seu cavaquinho empene ficando apoiado. Mas lembre CASE não são térmicos, por isso, mesmo seu cavaco dentro de um, ele não pode ficar exposto a elevadas temperaturas.

Exercícios de solo - 4 Escalas Cromáticas

E aí pessoal!
Vou começar agora com a parte de solos, para ajudar aí a soltar os dedos. Muita gente vem me pedindo esse material. Comecei à gravar agora e em breve estarei postando outros, como escalas Maiores e Menores.
Espero que gostem desses exercícios.

Aí segue o vídeo:




Estou no aguardo dos comentários e também das sugestões. Podem deixar recado aqui mesmo na página, que sempre estou olhando. Tenho percebido que a galera tem entrado, tem dado uma força, mas realmente não sei se estão gostando, se é isso que querem que eu coloque, porque não estão comentando. Quero fazer o Blog não só com a minha cara mas também de acordo com que vocês pedirem.

Abraços à todos!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Afinador Virtual!

Para galera que tem procurado aí um afinador, está aí pra vocês uma ótima ferramenta virtual. Só escutar o som de cada nota e afinar seu instrumento.
Serve tanto para violão, como o cavaquinho. No caso do cavaco, você terá que afinar a 1ª(Ré fininha) e a 4ª corda na nota Ré, pois no violão só temos uma nota Ré, já no cavaquinho todos sabemos que a 1ª e a 4ª são Ré. O que diferencia as duas é que a 4ª corda está uma oitava abaixo da 1ª corda.










Instruções:


1) Clique em baixo de cada nota
correspondente a sua corda de seus instrumento e vá afinando de acordo com o
som.


2) Quando o som de sua corda se equivaler ao som que está tocando em cada
nota, pronto, seu instrumento já está afinado !






sábado, 24 de outubro de 2009

Um "videozinho" que gravei ontem!!

Wave - Tom Jobim e Vinícius de Moares
(Tocado em forma de Choro)



De vez em quando vou postar alguns videozinhos meus. Tenho que mostrar o trabalho em vídeo também, né?!rsrs

Próximo post vou tentar colocar algo relacionado à Escalas. Muitos amigos da internet vem procurando e pedindo.

Abraço à todos!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Um pouco da história do Cavaquinho

Histórico:

Existe unanimidade entre autores como Oneyda Alvarenga, Mário de Andrade, Renato Almeida e Câmara Cascudo sobre a origem portuguesa do cavaquinho. Afirma Cascudo que de Portugal o instrumento teria sido levado pra a ilha da Madeira e de lá, após absorver algumas modificações, vindo para o Brasil. Na verdade, o cavaquinho chegou não só ã ilha da Madeira mas, também, aos Açores, Havaí e Indonésia.

No Havaí, levado pelo madeirense João Fernandes em 1879, foi rebatizado pelos habitantes locais como ukulele (pulga saltadora), caiu no gosto da população e acabou se tornando símbolo da música havaiana. Na Indonésia, ganhou o nome de Kerotijong (ou viola de kerotjong ou ainda ukulele como no Havaí), e paticipa do conjunto que toca o gênero de mesmo nome, bem parecido com o conjunto de choro brasileiro. No livro Instrumentos Populares Portugueses encontramos a seguinte descrição: "O cavaquinho é um cordofone popular de pequenas dimensões, do tipo da viola de tampos chatos - e portanto das família das guitarras européias - caixa de duplo bojo e pequeno enfraque, e de quatro cordas de tripla ou metálicas - conforme os gostos, presas em cima nas cravelhas e embaixo no cavalete colado no meio do bojo inferior do tampo. Além deste nome, encontramos ainda, para o mesmo instrumento ou outros com ele relacionados, as designações de machinho, machim, machete, manchete ou marchete, braguinha ou braguinho, cavaco etc..."

Além das coincidências de formas e afinações do instrumento lá e aqui, vemos ainda que em ambos os casos o cavaquinho está ligado a manifestações populares, festas de rua, etc.

Sobre os gêneros que o utilizam em Portugal, encontramos na mesma publicação o seguinte: "Como o instrumento de ritmo e harmonia com seu tom vibrante e saltitante, o cavaquinho é como poucos, próprio pra acompanhar viras, chulas, malhões, canas-verdes, verdegares e prins".

Além dos gêneros que o utilizam em Portugal, outro detalhe marca a diferença entre o cavaquinho no Brasil e em Portugal: a maneira de tocar. Enquanto aqui utilizamos a palheta para tanger as cordas, lá são usados os dedos da mão direita, geralmente fazendo rasgueado.

No Brasil o cavaquinho desempenha importante função no acompanhamento dos mais variados estilos, desde gêneros musicais urbanos como o samba e o choro, até manifestações folclóricas diversas como folias de reis, bumbs-meu-boi, pastoris, chegança de marujos.

Choro:

O cavaquinho, com a flauta e o violão, formou o conjunto que deu origem ao choro com forma de tocar e mais tarde como gênero musical. Com o aparecimento do samba na década de 10, o cavaquinho ganhou o gênero com o qual é mais identificado, e no qual participa de todo tipo de evento, desde o samba de terreiro até o desfile das escolas de samba, muitas vezes sendo o único instrumento harmônico.



Grandes Instrumentistas:

Ao longo deste século grandes instrumentistas marcaram o desenvolvimento do cavaquinho, entre os quais podemos citar Nelson Alves(Nelson dos Santos Alves - Rio de Janeiro - 1895-1960). Integrante do grupo de Chiquinha Gonzaga e fundador dos Oito Batutas. Autor de choros como Mistura e manda e Nem ela.. nem eu. Canhoto(Waldiro Frederico Tramontano - Rio de Janeiro - 1908-1987). O mais marcante acompanhador de cavaquinho. Tocou com Benedito Lacerda desde a décads de 30; em 1950 fundou seu próprio regional, marco dentro dessa formação instrumental. Garoto(Aníbal AUgusto Sardinha - São Paulo - SP - 28/06/1915 - Rio de Janeiro 03/05/1955). Inigualável virtuose das cordas. Tocava banjo, cavaquinho, bandolim, violão tenor,guitarra havaiana, violão, etc. Foi o autor de músicas revolucionárias para a sua época como Duas contas e Sinal dos tempos. E sobretudo aquele que popularizou o cavaquinho como solista: Waldir Azevedo(Rio de Janeiro - 27/01/1923-20/09/1980). Autor das músicas mais executadas do repertório de cavaquinho: Brasileirinho, Delicado e Pedacinhos do Céu, entre outras. Podemos ainda acrescentar que dentro dessa evolução o acontecimento mais recente de relevo é a experiência camerística que a Camerata Carioca, idealizada pelo maestro Radamés Gnattali, realiza; utilizando o cavaquinho para tocar desde concertos de Vivaldi até músicas de autores contemporâneos.

Adeptos:

Nos últimos anos duas variações de forma do cavaquinho ganharam adeptos: a guitarra baiana(um cavaquinho elétrico de corpo maciço e forma de guitarra elétrica) instrumento solista dos trios elétricos, e o banjo-cavaquinho, que devido ao seu som alto, se equilibra melhor com os intrumentos de percussão usados nos chamados pagodes.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Introdução ao Cavaquinho

Vou procurar passar as coisas para a galera de uma forma mais simples, fácil de entender. Procurar não complicar muito!
Vou colocar a parte de cifras,escalas,solos,numéricos, e também vou aceitar sugestões da galera!

Antes de mais nada, queria passar um site que eu sempre olhava quando estava iniciando e me audou e muito no início. Nele vocês vão encontrar um mini-curso de cavaquinho muito bom e gratuito!
Também tem as partes de Cifras, Solos, Programas interessantes e etc.

www.mvhp.com.br

A 9 anos atrás quando iniciei no cavaquinho, não tinha Goggle e muito menos Youtube pra pegar tudo "mastigado" assim como tem agora. Meu instrumento de busca na internet era o "Cadê?"..rs. Então galera, caiam dentro, procurem que tá tudo aqui nesse Mundo que é a internet.